Guerra no Médio Oriente

Portugal pede a Israel que permita evacuações médicas de Gaza para a Cisjordânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, anunciou que Portugal irá contribuir ativamente para este programa humanitário. Os signatários pedem a Israel que levante restrições à entrega de medicamentos e equipamentos médicos, e que permita o trabalho de organizações humanitárias em Gaza.

SIC Notícias

Quase 30 países, incluindo Portugal, instaram Israel a permitir evacuações médicas de Gaza para a Cisjordânia, disponibilizando-se a apoiar financeiramente ou enviando pessoal médico e material, com o Governo português a comprometer-se a "contribuir ativamente" para este programa humanitário.

"Apelamos veementemente a Israel para que restaure o corredor médico para a Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, para que as evacuações médicas de Gaza possam ser retomadas e os pacientes possam receber o tratamento de que necessitam urgentemente em território palestiniano", lê-se na declaração conjunta, assinada por 26 países europeus, pelo Canadá e pela Comissão Europeia.

Os signatários afirmam-se "prontos para prestar apoio sob a forma de, por exemplo, contribuições financeiras, disponibilização de pessoal médico ou equipamento necessário para o tratamento de pacientes de Gaza na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental".

Numa mensagem publicada na rede social X, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Paulo Rangel, deu conta que Portugal subscreveu a declaração conjunta.

"Portugal vai contribuir ativamente para este programa humanitário de proteção da saúde e de salvamento de vidas humanas", adianta o MNE.

Os países signatários defendem que "à medida que o desastre humanitário na Faixa de Gaza continua a desenrolar-se, há uma necessidade urgente de intensificar o tratamento médico dos pacientes de Gaza".

Pedem a Israel que levante as restrições

Na declaração, os países pedem a Israel que "levante as restrições à entrega de medicamentos e equipamentos médicos a Gaza, em conformidade com as obrigações de Israel ao abrigo do direito internacional, incluindo o Direito internacional humanitário".

A declaração pede ainda que as autoridades israelitas permitam "de forma urgente e plena, que a ONU e outros parceiros humanitários realizem o seu trabalho de salvamento de vidas em Gaza".

Além disso, Israel é instado a "garantir que o pessoal médico exclusivamente envolvido em tarefas médicas seja respeitado e protegido, e que a sua passagem segura e sem entraves seja facilitada, juntamente com o seu equipamento, transporte e suprimentos".

A declaração é assinada pelos chefes da diplomacia da Áustria, Bélgica, Canadá, Croácia, Chipre, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Islândia, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Suécia, Suíça e Reino Unido, pelos ministros da Cooperação para o Desenvolvimento da Finlândia e dos Países Baixos e pela comissária europeia para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib.


Com LUSA

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