Guerra no Médio Oriente

Israel avisa flotilha de que não deixará navios entrar numa "zona de combate"

O Governo israelita exortou os membros da iniciativa humanitária, que alegou também ser "apoiada pelo grupo jihadista Hamas", a "não violarem a lei" e a aceitarem a proposta de Israel de "transferir pacificamente" qualquer ajuda a Gaza para território israelita.

Nathan Howard/Reuters

Israel avisou a Flotilha Global Sumud que não permitirá que nenhum navio entre numa "zona de combate ativa" nem tão pouco a "violação de um bloqueio naval legal".

"Se o desejo genuíno dos participantes da flotilha é entregar ajuda humanitária, Israel apela a que os navios, em vez de servirem o Hamas, atraquem no porto de Ascalon e descarreguem a ajuda aí, de onde será transferida rapidamente e de forma coordenada para a Faixa de Gaza", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.

O Governo israelita exortou os membros da iniciativa humanitária, que alegou também ser "apoiada pelo grupo jihadista Hamas", a "não violarem a lei" e a aceitarem a proposta de Israel de "transferir pacificamente" qualquer ajuda a Gaza para território israelita.

A flotilha denunciou no domingo a presença de "múltiplos drones" nas proximidades dos seus navios que navegam em águas internacionais em direção à Faixa de Gaza.

Flotilha

Cerca de 300 voluntários de 44 países fazem parte do esforço para levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano.

A iniciativa é composta por ativistas, políticos, jornalistas e médicos, incluindo portugueses, e é considerada a maior flotilha organizada até à data, procurando levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano e denunciar o cerco israelita à Faixa de Gaza.

A bordo da flotilha seguem a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.

A flotilha, na qual também participa a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, zarpou na semana passada da Tunísia, após vários adiamentos devido à segurança, à preparação dos barcos e às condições meteorológicas.

Os navios pretendem chegar a Gaza para entregar ajuda humanitária e "quebrar o bloqueio israelita", depois de duas tentativas terem sido bloqueadas por Israel em junho e julho.

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