Política

Mortágua vai ser substituída no Parlamento devido a atraso da Flotilha

Mariana Mortágua não esperava que a viagem demorasse tanto tempo. A coordenadora do Bloco espera, no entanto, estar presente na votação para o Orçamento do Estado.

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Carolina Botelho Pinto

Mariana Mortágua vai ser substituída no Parlamento por Andreia Galvão, número três por Lisboa, devido ao atraso da viagem da Flotilha para Gaza, avançou o DN e confirmou a SIC.

O pedido de substituição foi feito pela própria coordenadora do Bloco de Esquerda, partido que ficou sem representação parlamentar devido à participação da deputada única na missão da Flotilha Humanitária para Gaza.

Mortágua não esperava que a viagem demorasse tanto tempo.

“Sabia que havia riscos de derrapagem no tempo. Quando aceitei, [esta missão] tinha prazo para acabar que coincidia, mais dia menos dia, com o início dos plenários na Assembleia da República. (...) Por razões logísticas, meteorológicas, organizativas, houve atrasos muito além do previsto", afirma Mortágua num vídeo partilhado nas redes sociais.

Recorde-se que cada deputado pode dar apenas quatro faltas injustificadas - ao plenário ou às comissões.

A decisão de pedir a sua substituição, confidencia Mortágua, não foi “fácil”. “Tenho refletido muito. Quero proteger o máximo possível esta flotilha e todos os que aqui estão. Por outro lado, quero garantir que o BE tem uma voz em todas as instâncias.”

Assim, Andreia Galvão substituirá Mariana Mortágua por um período mínimo de 30 dias e tudo indica que poderá participar, já na quarta-feira, no debate com o primeiro-ministro.

A coordenadora do Bloco espera, no entanto, estar presente na votação para o Orçamento do Estado para 2026.

Na passada sexta-feira, a ausência de Mortágua num debate agendado pelo Bloco de Esquerda foi criticada pelos líderes parlamentares do CDS-PP e do Chega, que acusaram a deputada de “brincar com o dinheiro dos portugueses”.

Para além de Mariana Mortágua, a bordo da "Flotilha Global Sumud" seguem também a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte. A missão pretende unir navios em todo o Mediterrâneo para entregar alimentos e ajuda humanitária à Faixa de Gaza, quebrando o bloqueio israelita.

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