O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acredita que reconhecer o Estado da Palestina, como fez Portugal no domingo, "é uma recompensa" para o movimento islamita palestiniano Hamas, disse esta segunda-feira a porta-voz da Casa Branca.
Segundo Karoline Leavitt, Trump vai abordar esta decisão, tomada entre domingo e segunda-feira por vários países, no seu discurso perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas para lhes transmitir que, para ele, trata-se de "palavras e não de ações concretas suficientes".
A representante da Casa Branca indicou que o presidente vai atacar as "organizações globalistas" que "colapsaram a ordem mundial", na sua participação no primeiro dia da 80.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, na sede da organização em Nova Iorque.
Primeiro discurso na ONU desde que regressou ao poder
O presidente norte-americano, que rompeu alianças tradicionais com a sua diplomacia transacional e abordagem nacionalista, fará o seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas desde que regressou ao poder.
O líder republicano aproveitará a oportunidade para "expor a sua visão simples e construtiva para o mundo", disse Karoline Leavitt.
Donald Trump pretende vangloriar-se da sua ação pacificadora na ONU, já ele que afirma ter posto fim a "sete guerras" desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro.
Trump também manterá conversas bilaterais com os homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky, e argentino, Javier Milei, seu aliado.
Também realizará uma reunião com os líderes de vários países muçulmanos (Catar, Arábia Saudita, Indonésia, Turquia, Paquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Jordânia), indicou ainda a porta-voz da Casa Branca.
Portugal reconheceu oficialmente este domingo
Além de Portugal, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália formalizaram o reconhecimento do Estado palestiniano no domingo, esperando-se que outros países, como França, façam o mesmo esta segunda-feira, durante uma conferência de alto nível sobre a solução dos dois Estados - Israel e Palestina -, copresidida por Paris e Riade.
Em declarações proferidas em Nova Iorque, Rangel afirmou ainda que no que diz respeito "à solução dos dois Estados, como solução futura para o conflito israelo-palestiniano" houve mesmo "uma posição unânime dos partidos representados na Assembleia da República".