O vento forte é o principal entrave ao combate ao fogo que começou no domingo em Aljezur, no Algarve.
A população acordou com 70% do fogo dominado, mas não foi por isso que o dia foi mais calmo.
"Este é um incêndio que, tal como previsto, no período da tarde podíamos ter aqui situações complicadas como se estão a verificar e que devido à ação do vento, moderado a forte, estão a decorrer várias reativações em todo o perímetro do incêndio", afirma o comandante Abel Gomes, da Proteção Civil do Algarve.
Reativações tanto em Lagos como em Aljezur.
Além das condições climatéricas, também o declive acentuado do terreno foi um entrave ao combate.
O fogo consumiu mato e uma zona de floresta mista, com sobreiros, pinheiros e eucaliptos.
Uma casa de segunda habitação também ardeu, bem como alguns anexos.
"Estamos seguramente a falar de questões ilegais. É de facto muito importante que quem vive nestas condições tenha a noção do perigo a que se está a sujeitar porque nós mesmo com o esforço grande que se tem feito não conseguimos quantificar e há pessoas a viver nessas situações. É um perigo para essas vidas e uma preocupação acrescida", refere José Gonçalves, presidente da Câmara de Aljezur.
No local chegaram a estar mais de 500 bombeiros, apoiados por perto de 200 carros e nove meios aéreos.
O fogo que começou este domingo já fez com quem 10 pessoas tivessem que ser assistidas.