Eleições Legislativas

Legislativas: Presidente Marcelo antevê "grau de imprevisibilidade muito grande"

Presidente da República não se mostra surpreendido com a elevada percentagem de indecisos presente na recente sondagem eleitoral SIC/Expresso e explica porquê.

SIC Notícias

Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou, esta terça-feira, comentar as eleições legislativas de 18 de maio e defende que o chefe de Estado não deve ser analista político.

“Há um grau de imprevisibilidade muito grande”, considera o Presidente.

"O que deve acontecer é o Presidente não ser um fator de ruído e de perturbação e esperar para, porventura, no dia da reflexão, na véspera das eleições, olhar para a campanha, olhar para o que aconteceu e aí poder ir mais longe ou não -- mas não neste momento", sustentou.

O chefe de Estado assumiu esta posição em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, quando questionado sobre o que irá fazer perante os resultados eleitorais e se irá colocar condições para a formação do próximo Governo.

Marcelo Rebelo de Sousa recusou antecipar critérios de decisão, argumentando que se está no início de "um período longo de reflexão" em que "agora a palavra é dos candidatos, das candidaturas e dos portugueses" e "o Presidente não deve intervir".

Depois, invocou a sua experiência de participação em "muitas, muitas campanhas" eleitorais no passado, para alertar que "nada está definido à partida".

"Assisti e participei em candidaturas que, em campanhas e pré-campanhas, que começavam de uma maneira e terminavam de outra maneira. Portanto, tudo o que seja estar a antecipar o que é a vontade dos portugueses e, antes disso, aquilo que lhes é apresentado e que vai determinar a sua vontade é prematuro", considerou.

"Indecisos podem vir a ser abstencionistas"

Marcelo não se mostra surpreendido com a elevada percentagem de indecisos presente na recente sondagem eleitoral SIC/Expresso e explica porquê.

“Primeiro porque ainda não começou o período pré-eleitoral, segundo: não está demonstrado que esses indecisos não venham a ser os abstencionistas (...) Ainda está por provar se esse número é mesmo indecisão ou se uma parte considerável vai ser abstenção”, afirma.

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