Pedro Nuno Santos diz que das eleições legislativas antecipadas tem de sair um primeiro-ministro a tempo inteiro. O secretário-geral do Partido Socialista transformou a apresentação de candidatos autárquicos num comício de acusações a Luís Montenegro.
"Um primeiro-ministro de Portugal inteiro, um primeiro-ministro a tempo inteiro", afirma o socialista.
Não era para ser um comício, mas também não estava previsto que Portugal estivesse a caminho de legislativas antecipadas.
Era para ser uma sessão de apresentação de candidatos autárquicos, mas a empresa da família do primeiro-ministro ainda não se tinha transformado em assunto nacional.
“Não vale a pena separar Luís Montenegro, o consultor, de Luís Montenegro, o primeiro-ministro.”
Está aberta a campanha e, apesar de a sondagem da SIC-Expresso dizer que os eleitores repartem as responsabilidades da crise política, o líder socialista quer que pensem de outra forma.
"Se o primeiro-ministro não tivesse tomado decisões irresponsáveis e levianas não estaríamos agora nesta situação", refere.
À esquerda a campanha faz-se com o mesmo alvo. Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, critica Luís Montenegro, assim como o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
A batalha que já começou. Termina com as eleições a 18 de maio.