O Bloco de esquerda aprovou as listas às eleições legislativas de maio. Os fundadores Francisco louçã, Fernando Rosas e Luís Fazenda estão de regresso e serão candidatos a deputados, numa altura em que Mariana Mortágua recusa estabelecer uma meta de quantos deputados o Bloco pretende eleger.
É o regresso dos fundadores com Francisco Louçã a ser cabeça de lista por Braga. Depois de ter liderado o partido durante sete anos, está de volta.
Também o dirigente e fundador Fernando Rosas será candidato por Leiria, distritos nos quais o Bloco conseguiu eleger pela primeira vez em 2009 e que, entretanto, perdeu.
Luís Fazenda lidera a lista por Aveiro e junta-se ao leque de fundadores escolhido por Mariana Mortágua.
Nas últimas eleições o BE conseguiu eleger cinco deputados, mantendo o número de mandatos obtidos em 2022. O que contrasta com os 19 deputados que conseguiu nas legislativas de 2019.
"Momento histórico que é complexo"
Mariana Mortágua recusa a ideia de que o regresso seja para inverter o declínio de votos e recusa também estabelecer metas.
"A escolha das listas do BE e a decisão de convocar fundadores para fazerem parte das listas não tem a ver com o BE por si só. Tem a ver com a esquerda. Tem a ver com a nossa capacidade para convocar várias gerações de ativistas de esquerda, de experiência de esquerda, para enfrentar um momento histórico que é complexo, que é desafiante e não é só para o BE. É desafiante e complexo para o país. Há uma crise social em curso", justificou.
Pedro Nuno Santos já está em pré-campanha e tem usado como arma política o caso que derrubou o Governo, a Spinumviva, mas o bloco quer uma campanha diferente.
Quer ouvir as pessoas e, nos últimos dias, ouviu um candidato presidencial, Luís Marques Mendes, a apelar a acordo de regime entre PS e PSD.
Mariana Mortágua será cabeça de lista por Lisboa, em segundo lugar fica o líder parlamentar Fabian Figueiredo.
A atual deputada Marisa Matias volta a concorrer pelo Porto e Joana Mortágua vai liderar a Lista em Setúbal.