Conflito Israel-Palestina

Israel não quer ceder a exigência do Hamas apesar da pressão internacional

Israel está de luto pelos seis reféns que morreram no fim de semana, mas o Governo insiste numa ofensiva em varias frentes que parece estar longe do fim. Biden disse que Netanyahu não está a fazer o suficiente para libertar os reféns do Hamas.

João Nuno Assunção

Sob alta pressão dentro e fora do país, o chefe do governo israelita, Benjamin Netanyahu, começou esta terça-feira o discurso à nação com um pedido de desculpas aos familiares dos seis reféns que morreram no último fim de semana. No entanto, a posição em relação ao conflito na Faixa de Gaza continua a mesma.

"Peço perdão por não os ter trazido de volta vivos. Estivemos perto, mas não tivemos sucesso", afirmou Netanyahu numa rara conferência de imprensa.

O chefe do Governo israelita acrescentou que o Hamas "pagará um preço muito alto", num momento em que as negociações entre as duas partes em conflito, mediadas por Egito, Qatar e Estados Unidos, se mantêm num impasse.

O primeiro-ministro israelita respondeu ainda aos que apelam a um cessar-fogo urgente e garantiu que não vai ceder a uma das principais exigências do Hamas: a retirada total das tropas israelitas do corredor Filadélfia, uma estreita faixa de terra entre Gaza e o Egito.

Netanyahu pediu ao país que permaneça unido e disse que não acredita nas declarações que Joe Biden deixou esta terça-feira aos jornalista.

EUA e Reino Unido pressionam

O ainda presidente dos Estados Unidos afirmou que Israel não esta a fazer o suficiente para fechar um acordo para a libertação de reféns.

A nação está de luto pelos seis reféns que morreram no fim de semana, mas o Governo insiste numa ofensiva em varias frentes que parece estar longe do fim.

Esta segunda feira, o Reino Unido, um dos principais aliados do país, anunciou que vai suspender parcialmente a exportação de armas para Israel.

"O Governo não emitirá licenças de exportação se houver um risco evidente de que os artigos possam ser utilizados para cometer ou permitir violações graves do Direito Internacional Humanitário", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy.

Na Cisjordânia, a ofensiva israelita está a passar pela destruição de estradas e, na Faixa de Gaza, pela manutenção dos bombardeamentos.

As autoridades palestinianas garantem que desde outubro já morreram mais de 40 mil pessoas.

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