A morte de seis reféns do Hamas está a motivar protestos em massa e uma greve geral em Israel. Os manifestantes criticam a forma como o governo de Benjamin Netanyahu está a gerir o conflito. Exigem um acordo imediato que permita a libertação das mais de 100 pessoas que ainda estão sob sequestro.
O mar de gente que bloqueou as principais artérias do país começou a formar-se no domingo. Arrastou para as ruas cerca de meio milhão de pessoas em protesto contra o governo israelita.
Na última noite, o protesto acabou com mais de 20 detenções. Os manifestantes exigem um acordo urgente para a libertação das cerca de cem pessoas que continuam reféns do Hamas.
O impacto da greve
Tem sido feito ainda um apelo à adesão à greve geral, que sindicatos e familiares das vítimas convocaram para esta segunda-feira.
“Todas as pessoas em Israel querem que os nossos amigos e irmãos regressem de Gaza”, frisa Zamy Moldovan, um cidadão israelita.
Além do principal aeroporto de Israel, a greve geral está a afetar bancos, escolas e hospitais.
A morte dos seis reféns
Está também a servir para denunciar a forma como o governo está a gerir um conflito que, foi revelado este fim de semana, levou agora à morte de mais seis reféns do Hamas.
“Lamento que não os tenhamos salvado”, desabafa Corinne Unger, familiar de um refém do Hamas.
Nas últimas horas, repetiram-se os memoriais e as homenagens. De acordo com a imprensa israelita, as autópsias revelaram que os seis reféns encontrados mortos foram baleados na cabeça.
O chefe da diplomacia israelita garantiu, entretanto, que o país vai responder com "força total". A promessa deverá ameaçar ainda mais a perspetiva de um cessar-fogo.
Na Cisjordânia, a operação israelitaque começou na quarta-feira fez disparar a tensão e, em Gaza, o número de vítimas mortais não para de aumentar. As autoridades palestinianas garantem que uma criança está entre as vítimas do ataque aéreo deste domingo a uma escola. Telavive garante que a operação atingiu um centro de comando do Hamas.