Quase 11 meses após o início da guerra a luta pela sobrevivência é diária. Debaixo de um calor insuportável, os palestinianos fazem filas durante horas para terem acesso a água potável.
“Veem as erupções na pele do meu filho? São as consequências de viver neste campo. Temos vermes e insetos grandes dentro da tenda por causa da falta de água limpa e do lixo acumulado perto de nós. Estamos a viver em condições muito más”, explica um cidadão local.
Cerca de dois terços das instalações de água e saneamento foram destruídas ou danificadas nos bombardeamentos israelitas. A contaminação das águas subterrâneas é uma ameaça à saúde pública.
“Estou agora em frente à central de dessalinização da UNICEF. Esta fábrica produz água potável para todas estas pessoas e não só. Antes da guerra, esta central produzia mais de 20 mil metros cúbicos de água potável. Foi reduzida para apenas 2500 metros cúbicos após o início da guerra”, relata Salim Oweis, porta-voz da UNICEF.
Falta água e faltam alimentos. Com a guerra sem dar tréguas, o abastecimento de ajuda alimentar é cada vez mais escasso. Uma em cada três crianças com menos de dois anos está gravemente desnutrida.