Conciliar a vida pessoal e profissional é um desafio para as mulheres que querem poder passar seis meses com os bebés pagos a 100% e sem regras de partilha entre pai e mãe. Depois de ter sido travada na legislatura anterior, a proposta volta à Assembleia da República reorganizada e mais uma vez pela mão de um grupo de cidadãos.
Segundo o jornal Público, a proposta prevê também a equiparação entre o período exclusivo da mãe e do pai, ambos com 56 dias obrigatórios e intransmissíveis. O grupo considera que a iniciativa reafirma a co-responsabilidade parental e reforça os direitos das famílias num dos países com um dos índices mais baixos de natalidade da União Europeia.
Defendem também que o prolongamento da licença traria outros benefícios para a saúde do bebé quanto ao aleitamento materno. A Organização Mundial da Saúde recomenda que seja exclusiva até aos seis meses.
Em agosto, a ministra do Trabalho quis que fosse definida como idade limite para que as mães possam pedir dispensa para a amamentação durante os dois primeiros anos da criança. Uma proposta fortemente criticada, para já sem dados públicos que apoiem a sugestão.
Neste momento a lei relativa à licença parental garante apenas 120 dias pagos a 100 por cento ou 150 a 180 dias com cortes nos subsídios se não existir partilha entre os pais.