Economia

Novo apoio às rendas: "insignificante" e "desistência", o que dizem os partidos?

No novo Conselho de Ministros, Marina Gonçalves, ministra da Habitação, anuncia um apoio reforçado para 2024, que não implica um travão - como aconteceu este ano. Os partidos já reagiram.

Afonso Guedes

Marco Neiva

Para 2024, não há travão ao aumento das rendas, como aconteceu no ano passado com um teto máximo de 2%, mas há um reforço nos apoios aos inquilinos. A dedução fiscal sobe de 502 para 550 euros para todos os que têm contrato e quem já tem o apoio automático, vai receber mais 4,94%.

“Isto representa uma desistência. O que o Governo acabou de dizer é que em 2024 as rendas vão subir 7%. É o maior aumento de rendas em 30 anos”, criticou Mariana Mortágua.

Contra o fim do travão, o Bloco de Esquerda e PCP também confrontaram o ministro das Finanças, no Parlamento.

Para a Iniciativa Liberal, a decisão, apesar de curta, vai no bom sentido.

“É muito melhor ir neste sentido do que medidas que passem pelo congelamento e fixação de rendas. Mas, o problema está, não nesta medida em concreto, mas em tudo aquilo que tem sido a intervenção do Governo em matéria de habitação”, afirmou Rui Rocha.

O Chega também deixa criticas:

“É muito pouco e muito insignificante . Esta é uma medida que é preferida ao controlo de mercado, mas o Governo tinha margem, folga e excedente para dar um real apoio a quem no próximo ano vai ter uma atualização brutal de rendas”, acusou André Ventura.

O Conselho de Ministros clarificou, ainda, o apoio à renda para as situações de contratos inativos e para quem tem taxas de esforço superiores a 100%.

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