Pedro Marques Lopes, comentador da SIC e adepto do FC Porto, diz estar muito triste pela morte do "grande amigo". Na SIC Notícias, critica o Benfica e o Sporting por ainda não terem reagido à morte de Pinto da Costa, um silêncio que considera bizarro e vergonhoso.
"É o desaparecimento físico que alguém que inventou um clube, de alguém que se tornou nele mesmo o FC Porto", afirma.
Na Edição Especial da SIC Notícias, considera "uma vergonha sem fim", uma "bizarria" e uma "infâmia" o silêncio do Sporting e do Benfica, 24 horas depois da morte de Pinto da Costa.
"Quem não consegue perceber que Pinto da Costa foi alguém que revolucionou não só o FC Porto como o futebol nacional é um cego, é o que não quer ver."
O comentador da SIC vai mais longe e diz mesmo que a administração do FC Porto "perde todo o seu respeito" se "não cortar relações institucionais" com o Benfica e o Sporting.
"Não é admissível, não é civilizado que um homem como Pinto da Costa não seja homenageado pelos seus rivais. É não ter a relação do que é o desporto e as relações humanas", destaca.
Pedro Marques Lopes diz que ficaria "muito surpreendido e até chocado" se, na ausência de condolências dos dois clubes, o FC Porto não cortasse relações institucionais com estes.
O velório de Pinto da Costa está a decorrer este domingo, na Igreja das Antas. O funeral realiza-se na segunda-feira, pelas 11:00.
Pinto da Costa morreu aos 87 anos
Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado, aos 87 anos, vítima de cancro. O estado de saúde do ex-presidente do FC Porto deteriorou-se depois de uma longa batalha contra um cancro na próstata.
Morreu menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
A última vez que apareceu em público foi no final de dezembro, no estádio do Dragão, para assistir à vitória dos dragões sobre o Estrela da Amadora (2-0).
Antes disso tinha estado, em outubro, na apresentação do seu último livro. "Azul até ao fim", escrito em jeito de despedida, teve como ponto de partida o diagnóstico de cancro, em setembro de 2021.
A partir de então, e até ao momento em que lhe deram três meses de vida, foi-se preparando para o final, escondendo a doença dos mais próximos.