Valentim Loureiro, ex-presidente da Liga, saiu emocionado da Igreja das Antas, no Porto, onde decorre o velório de Jorge Nuno Pinto da Costa. Partilha que falou com o amigo em dezembro, no seu aniversário.
Aos jornalistas, junto à Igreja das Antas, conta que falaram em dezembro, no aniversário dos dois, e que o desejo era que "se continuassem a felicitar no fim de cada ano".
"Infelizmente, este ano que passou foi o último", diz.
Visivelmente emocionado, acrescenta que deseja que o amigo "descanse em paz".
O velório de Pinto da Costa realiza-se este domingo, na Igreja das Antas. O funeral decorre na segunda-feira, pelas 11:00.
Pinto da Costa morreu aos 87 anos
Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado, aos 87 anos, vítima de cancro. O estado de saúde do ex-presidente do FC Porto deteriorou-se depois de uma longa batalha contra um cancro na próstata.
Morreu menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
A última vez que apareceu em público foi no final de dezembro, no estádio do Dragão, para assistir à vitória dos dragões sobre o Estrela da Amadora (2-0).
Antes disso tinha estado, em outubro, na apresentação do seu último livro. "Azul até ao fim", escrito em jeito de despedida, teve como ponto de partida o diagnóstico de cancro, em setembro de 2021.
A partir de então, e até ao momento em que lhe deram três meses de vida, foi-se preparando para o final, escondendo a doença dos mais próximos.
Os convidados e os "traidores" que não queria no seu funeral
No livro "Azul Até Ao Fim", publicado em outubro passado, o ex-presidente do FC Porto elaborou uma lista de convidados para o seu funeral. A atual direção do emblema da Invicta não integra o lote de escolhidos.
Numa das passagens da última obra de Jorge Nuno Pinto da Costa, o antigo líder dos 'azuis e brancos' revelou que, para além dos elementos da atual direção do FC Porto, não pretendia contar com as presenças de alguns ex-atletas, tais como Antero Henrique, Hélton, Maniche, Eduardo Luís, André ou António Sousa, todos eles considerados "traidores".
"Poderia acrescentar mais nomes como Antero Henrique, Raul Costa, Joaquim Oliveira, Tiago Gouveia, Pedro Bragança, mas não é preciso porque estou certo de que não terão "lata" para lá ir", lê-se.
Por outro lado, Pinto da Costa fazia questão de ter no seu funeral outros nomes do universo portista:
"Gostava de ter ao meu lado: o António Henriques, o Pedro Pinho, o Quintanilha, o Fernando Póvoas, o Luís Gonçalves, o António Oliveira, o Hugo Santos, a Sandra Madureira, o Fernando Madureira, o Caetano e o Marcos Polónia."