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Morte de Pinto da Costa: "É um bocadinho estranho haver declarações e comunicados do Real Madrid e não haver do Benfica e do Sporting"

Diogo Feio, sócio do FC Porto e ex-deputado do CDS-PP reage à ausência de reação do Benfica e do Sporting à morte de Pinto da Costa. "Sempre fez da sua vida a defesa do FC Porto", destaca.

Diogo Feio

Diogo Feio, ex-deputado do CDS-PP e sócio do FC Porto, lamenta que o Sporting e o Benfica ainda não tenham reagido à morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto.

"O futebol vive muito de antagonismo, uns ganham e outros perdem. O Porto com Pinto da Costa ganhou muitas vezes. E para o Porto ganhar muitas vezes, outros tiveram de perder. Acho que é essa reação a que estamos a assistir. Não me parece que fosse uma coisa assim tão difícil na referência institucional em relação a este momento de alguém que marca o dirigismo do futebol em Portugal, da Europa e no mundo".

O adepto do FC Porto lamenta que o Benfica e o Sporting ainda não tenham reagido à morte do ex-presidente do FC Porto.

"É um bocadinho estranho haver declarações e comunicados do Real Madrid e não haver do Benfica e do Sporting", admite.

Pinto da Costa "sempre fez da sua vida a defesa do FC Porto", destaca Diogo Feio, acrescentando que é "essa a sua marca".

O ex-deputado do CDS defende que se deve dar o nome de Pinto da Costa ao Museu do FC Porto, processo que, na sua opinião, deve ser "acelerado".

Pinto da Costa morreu aos 87 anos

Jorge Nuno Pinto da Costa morreu este sábado, aos 87 anos, vítima de cancro. O estado de saúde do ex-presidente do FC Porto deteriorou-se depois de uma longa batalha contra um cancro na próstata.

Morreu menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.

A última vez que apareceu em público foi no final de dezembro, no estádio do Dragão, para assistir à vitória dos dragões sobre o Estrela da Amadora (2-0).

Antes disso tinha estado, em outubro, na apresentação do seu último livro. "Azul até ao fim", escrito em jeito de despedida, teve como ponto de partida o diagnóstico de cancro, em setembro de 2021.

A partir de então, e até ao momento em que lhe deram três meses de vida, foi-se preparando para o final, escondendo a doença dos mais próximos.

O velório de Pinto da Costa realiza-se este domingo, a partir das 18:00, na Igreja das Antas. O funeral decorre na segunda-feira, pelas 11:00.

Os convidados e os "traidores" que não queria no seu funeral

No livro "Azul Até Ao Fim", publicado em outubro passado, o ex-presidente do FC Porto elaborou uma lista de convidados para o seu funeral. A atual direção do emblema da Invicta não integra o lote de escolhidos.

Numa das passagens da última obra de Jorge Nuno Pinto da Costa, o antigo líder dos 'azuis e brancos' revelou que, para além dos elementos da atual direção do FC Porto, não pretendia contar com as presenças de alguns ex-atletas, tais como Antero Henrique, Hélton, Maniche, Eduardo Luís, André ou António Sousa, todos eles considerados "traidores".

"Poderia acrescentar mais nomes como Antero Henrique, Raul Costa, Joaquim Oliveira, Tiago Gouveia, Pedro Bragança, mas não é preciso porque estou certo de que não terão "lata" para lá ir", lê-se.

Por outro lado, Pinto da Costa fazia questão de ter no seu funeral outros nomes do universo portista:

"Gostava de ter ao meu lado: o António Henriques, o Pedro Pinho, o Quintanilha, o Fernando Póvoas, o Luís Gonçalves, o António Oliveira, o Hugo Santos, a Sandra Madureira, o Fernando Madureira, o Caetano e o Marcos Polónia."

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