Em casos clínicos muito graves, e como recurso, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode enviar doentes para centros terapêuticos altamente especializados no espaço europeu.
Segundo dados da Direção Geral da Saúde (DGS), avançados pelo Jornal de Notícias, em 2023 foram aprovados 470 pedidos no âmbito do programa de assistência médica no estrangeiro que significaram 585 deslocações pagas pelo SNS.
Os pedidos de 2023 aproximaram-se dos números anteriores à pandemia, que foram sempre muito superiores a 40. Começaram a descer a partir de 2019, o número mais baixo de 273 ocorreu em 2020. A partir daí houve novamente um aumento dos pacientes enviados para o estrangeiro.
Em 2023, o programa especial teve um custo de 2 milhões e 400 mil euros, um dos valores mais baixos dos últimos 5 anos, o que se pode explicar com o destino e o tipo de tratamento.
Na maioria dos casos, e de acordo com os dados da DGS, os pacientes são enviados para Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Países Baixo, Itália e Suíça. As deslocações acontecem por não existir tratamento em Portugal.
Em 2023, 57% das autorizações dizem respeito a tratamentos na área da genética, 11% a terapias com protões, a protonterapia, para doentes com cancro.
O IPO do Porto anunciou que vai ter um centro dedicado a esta terapia, o que vai permitir quando estiver em funcionamento diminuir o número de doentes que o SNS envia para o estrangeiro.