Saúde e Bem-estar

Ao fim de 80 dias, ratos estão vivos e sem cancro: tratamento eliminou metástases do cancro da mama

O estudo foi desenvolvido em ratos e mostra que as células cancerígenas que se tinham espalhado pelo corpo foram eliminadas.

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SIC Notícias

A união de dois tratamentos já existentes pode eliminar metástases do cancro da mama. A conclusão é de um estudo publicado na revista Cancer Discovery, que mostra que as células cancerígenas que se tinham espalhado em ratos foram eliminadas.

Segundo o Público, o estudo, que foi desenvolvido em ratos por uma equipa de investigadores da Universidade de Washington, consiste em duas fases: fragilizar o tumor e aumentar a força do ataque do sistema imunitário.

Durante a fragilização é possível diminuir a dimensão do tumor, que, ainda assim, não é eliminado na totalidade. Na segunda fase, é bloqueada a molécula p38MAKP - o que vai fazer com que o tumor se torne mais vulnerável e visível - e são ativados os linfócitos T, para que se consiga descobrir e destruir as células com cancro.

Ao fim de 80 dias após este tratamento duplo, os ratos continuaram vivos e sem reincidência de cancro, descreve o Público. Enquanto que no grupo de ratos que só recebeu um dos dois tratamentos, metade já tinha morrido ao fim de 60 dias.

Outro aspeto que é destacado no estudo é a memória do sistema imunitário. Uma segunda investigação desenvolvida pela equipa da Universidade de Washington comprovou que as células do sistema imunitário se recordam do tumor combatido e, em caso de reincidência, voltam a atacá-lo.

O tratamento do cancro da mama quando metastizado, ou seja espalhado pelo corpo, é muito menos eficaz. E, por isso, os investigadores vão continuar a trabalhar na possibilidade da união destes dois tratamentos, que pode representar uma evolução em direção à cura.

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