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Menina de sete anos diagnosticada com cancro da mama

A criança chilena foi submetida a uma mastectomia. O caso inédito no mundo chamou a atenção da comunidade científica pela sua raridade.

Picture taken by Sebastian Rose

SIC Notícias

Uma menina, natural de Quillota, no Chile, com apenas 7 anos foi diagnosticada com cancro de mama. A criança recebeu o diagnóstico em outubro, quando se dirigiu aos serviços de saúde chilenos após a mãe ter detetado um pequeno caroço no seu seio esquerdo.

"Um dia, em outubro de 2021, depois de lhe dar banho, quando a estava a secar, ao aplicar o creme percebi que ela tinha um feijãozinho no mamilo. Levei-a às urgências, onde encaminharam para o especialista, mas o pedido do exame demorou muito, quase cinco meses", explicou à EFE Patrícia Muñoz, mãe da menina.

Ao perceber a preocupação do médico com esses primeiros resultados, Patrícia transferiu o caso de hospital para a cidade mais próxima e com mais serviços, mas entre exames e consultas com especialistas, o tumor aumentou ficando do "tamanho de um ovo".

A menina foi operada em agosto de 2022 e quase dois meses depois obteve resultado da biopsia, que confirmava que a menina tinha cancro da mama.

Caso é inédito no mundo

Os pais da menina viveram um longo e solitário processo até chegar ao diagnóstico atual, que poucos médicos apontaram no início devido à raridade do caso.

"Casos de cancro da mama em menores de 14 anos são muito raros, quase zero, não temos histórico porque é um caso único no mundo", afirma o médico especialista em Senologia do Hospital Clínico da Universidade do Chile, Mario Pardo.

"O meu maior medo é explicar-lhe o que aconteceu "

À espera de mais resultados para decidir qual será o próximo passo, a mãe tenta estudar e procurar mais sobre o assunto, mas todas as possibilidades que surgem "são ligadas aos adultos", lamenta.

Para esta mãe apanhada de surpresa o pior está por vir:

"Agora ela não entende o que está a acontecer com ela porque é uma criança e só diz que não tem uma mama, mas o meu maior medo é não saber explicar o que lhe aconteceu", admite.

Desde que o caso veio a público, a família tem recebido ajuda do Ministério da Saúde chileno e não descarta a possibilidade de procurar apoios e soluções internacionais.

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