Um estudo conclui que ficar sentado em frente à televisão por longos períodos de tempo, nos tempos livres, aumenta o risco de demência. A investigação foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
A análise à saúde mental dos idosos, feita por um grupo de investigadores dos EUA, foi feita durante mais de 10 anos, revela o jornal espanhol El País.
Os investigadores, que usaram dados do Biobanco do Reino Unido, avaliaram a atividade física e o tempo a ver televisão ou em frente ao computador nos tempos livres. Mais de 145 mil pessoas tinham 60 anos ou mais.
Quando o estudo começou, não havia participantes diagnosticados com demência. No final, 3.507 participantes tinham sido diagnosticados com alguma demência.
Os investigadores concluíram: não é apenas o tempo sentado que tem impacto no risco de demência, é a atividade que pratica. Quando mais tempo passa a ver televisão, maior é a probabilidade de desenvolver demência (40%), uma probabilidade que desce para 20% se ficar a usar o computador, atividade sedentária considerada menos passivas.
Além disso, o consumo de álcool e a obesidade também influenciam esse risco.
David Raichlen, líder do estudo, realça que mais vale evitar o sedentarismo. No entanto, acrescenta que a estimulação intelectual do uso do computador pode neutralizar os efeitos negativos de estar sentado.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer e outras demências afetam cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, cerca de 5% da população idosa, número que deverá aumentar nos próximos anos.
A demência aumenta consideravelmente em pessoas entre os 85 anos e os 90 anos.