O Ministério Público vai pedir à Spinumviva - a empresa familiar de Luís Montenegro - os documentos de atividade, faturação e contratos com clientes. A informação é avançada pelo Observador.
Este pedido surge depois de ter sido aberta uma averiguação preventiva à empresa na sequência de três denúncias, uma das quais feita por Ana Gomes.
Em entrevista à SIC Notícias, a socialista esclarece que fez uma participação à Procuradoria Europeia por ter ficado “alarmada” com a “inação” da PGR sobre o caso, tendo posteriormente remetido uma cópia da participação à Procuradoria-Geral da República e ao Grupo de Ação Financeira Internacional.
“Limitei-me a coligir dados públicos que são muito alarmantes e que já deviam ter desencadeado uma investigação séria”, afirma.
Já no domingo, no habitual espaço de comentário na SIC Notícias, Ana Gomes tinha questionado a inação da PGR no caso da empresa familiar de Montenegro, sobretudo “quando está em causa um primeiro-ministro que recebe de casinos”.
Esta sexta-feira, voltou a reforçar não ser “normal” haver um primeiro-ministro a “receber dinheiro de empresários”, em particular de empresas de casinos - um setor que considera particularmente vulnerável à instrumentalização pela criminalidade organizada para efeitos de branqueamento de capitais”.
A socialista defende que apesar de em Portugal existir uma entidade que supervisiona contra o branqueamento de capitais, os seus controlos “são frouxos, senão inexistentes”.