País

Ministra da Saúde reconhece situação "muito preocupante" em Setúbal

As urgências de ginecologia e obstetrícia da margem do sul do Tejo voltaram a encerrar e as grávidas tiveram de ser encaminhadas para Lisboa. A ministra da Saúde, que voltou a falhar a promessa, diz que a situação é inadmissível mas que a falha é de quem lhe garantiu que o plano do Governo iria resultar.

Fernanda de Oliveira Ribeiro

Diogo Martins

Hugo Veigas

Margarida Martins

A ministra da Saúde alerta para a necessidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mudar de rumo para sobreviver e adaptar-se aos novos tempos. E por falar em desafios, Ana Paula Martins destaca as falhas no atendimento na Península de Setúbal,

“Aprendi que nada nos garante que aquilo que nos garantem que vai acontecer, acontece. A situação que se vive na península de Setúbal é muito preocupante. Acreditei no plano que me foi apresentado e confiei nas equipas. Foi muito penalizador para mim ter assumido politicamente uma solução que me foi garantida e vê-la desfeita sem sequer perceber porque”, diz a ministra.

Nova legislação para atrair médicos para o SNS

Para colmatar as falhas evidenciadas pela crise que o SNS enfrenta no que toca aos recursos humanos, Ana Paula Martins deixa no ar a promessa.

"Hoje, dependemos de vínculos precários (…) e esta tendência tem de ser invertida. Passaremos um mau bocado, mas vamos ao combate. Combateremos essa precaridade com nova legislação até ao final do ano (…) com incentivos para os médicos que voltem a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde".

No estabelecimento a que decidiu atribuiu a medalha de ouro, no dia em que o SNS celebra 46 anos, a governante distinguiu a dedicação de alguns profissionais: “a MAC [Maternidade Alfredo da Costa] nunca encerrou portas e nunca recusou doentes que precisavam dos seus cuidados. Nunca ninguém ficou à porta”.

Ana Paula Martins admite que está aberta a sugestões para mudar o amanhã da saúde pública em Portugal.

Últimas