A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) desmente o ministro da Educação e garante que há falta de professores. Diz mesmo que a situação é ainda mais grave neste ano letivo. Os dados avançados esta manhã mostram que há cerca de 93 mil alunos afetados.
Se de um lado prevalece o silêncio, do outro são apresentadas contas para mostrar que, afinal, o arranque deste ano letivo pode não ser tranquilo para todos os alunos.
“Temos 1206 horários ativos, temos 20.825 horas e mais de 4 mil turmas afetadas”, afirmou José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof. “Estamos a falar de cerca de 93 mil alunos afetados.”
A Federação Nacional dos Professores alega que usou os dados disponibilizados pelo Ministério da Educação. Os números apresentados reforçam um alerta que não é novo.
“Estamos pior do que o ano passado, do que no ano anterior. Este é um problema estrutural”, sublinha José Feliciano Costa.
Para o ministro da Educação, que por várias vezes afirmou que praticamente todos os alunos vão ter professor a todas as disciplinas, a resposta de poucas palavras é direta.
“Na generalidade das escolas em Portugal, os alunos têm aulas. Os professores estão colocados”, declarou o ministro Fernando Alexandre.
Mas a Fenprof assegura que “há falta de professores, ao contrário do que diz o senhor ministro”.
O sindicato entende, por isso, que é necessário avançar o mais rápido possível com a revisão do estatuto da carreira docente, para tornar a profissão mais atrativa.