A três semanas do início das aulas, há 3.000 horários sem professor. O ministro da Educação anunciou a abertura dum concurso externo para recrutar mais de 1.700 novos docentes que ficam dispensados de ter formação específica para ensinar.
Com habilitação académica própria na disciplina que vão lecionar, mas sem formação para professores: é o método a que o Governo recorre pela segunda vez à procura de candidatos a preencher mais de 1.700 dos 3.000 horários ainda sem professores para o próximo ano letivo.
Há um ano, foram colocados a concurso 2.309 horários e foram preenchidos pouco mais de 1.600.
Agora, os sindicatos foram chamados para darem aval a um concurso externo extraordinário para um número semelhante aos colocados de há um ano.
Setenta por cento dos horários a concurso serão para a região de Lisboa, 20% no distrito de Setúbal e quase 10% no Algarve.
Só haverá concurso nos 10 quadros de zona pedagógica mais carenciados de professores.
O ministro corre contra o tempo e admite problemas com a esperança de que haverá também muitos outros horários que serão preenchidos pelos concursos de escola.
O concurso será aprovado no Conselho de Ministros desta quinta-feira, que também aprovará as alterações à disciplina de cidadania.