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André Ventura admite avançar com candidatura à Presidência da República

Chega reúne esta sexta-feira à noite o seu Conselho Nacional, em Lisboa, para discutir as eleições presidenciais de janeiro de 2026. Decisão deverá ser anunciada até segunda-feira.

MIGUEL A. LOPES

Marta Ferreira

Lusa

Vai ou não André Ventura juntar-se ao leque de candidatos a Belém? A pergunta tem estado em cima da mesa e poderá ter resposta afirmativa oficial nos próximos dias. Em entrevista ao jornal Sol, o líder do Chega só não confirma oficialmente a decisão porque prefere esperar para ouvir os militantes no Conselho Nacional agendado para esta noite.

O líder do segundo partido mais votado nas últimas eleições assume que esta é "uma decisão muito difícil", mas, admite que "se tiver de ir", irá candidatar-se. Caso vá à 2.ª volta, garante que é ele o candidato da direita e que só não o seria se Passos Coelho se candidatasse.

O Chega reúne esta sexta-feira à noite o seu Conselho Nacional, em Lisboa, para discutir as eleições presidenciais de janeiro de 2026, sendo a decisão anunciada até segunda-feira, de acordo com o líder do partido.

A reunião vai decorrer no Fórum Lisboa, com o início dos trabalhos previsto para as 20h30.

Na ordem de trabalhos consta uma "análise e discussão sobre as eleições presidenciais", bem como "outros assuntos".

Ventura quer ouvir dirigentes

No início de setembro, em conferência de imprensa na sede do partido, o líder do Chega indicou que o Conselho Nacional desta sexta-feira tem como objetivo ouvir a opinião dos seus dirigentes sobre o assunto.

Na mais recente entrevista televisiva, na terça-feira, na CNN Portugal, o presidente do Chega disse que "entre dia 12 e 15 o Chega apresentará um candidato presidencial", e ele próprio decidirá se avança com uma recandidatura a Belém ou se o partido apoiará outro nome.

"É um mau sinal para a democracia se eu me candidatar", considerou, defendendo que "o líder da oposição não deve ser simultaneamente um candidato presidencial", só "em último caso".

"Fato que me cabe é o de primeiro-ministro de Portugal"

"Eu sinto que o fato que me cabe é o de primeiro-ministro de Portugal, que é onde se consegue mudar as coisas de forma mais direta", indicou, referindo que, para as eleições presidenciais do início do próximo ano, "há outros nomes em cima da mesa e que estão a ser analisados".

Em meados de agosto, numa outra entrevista, ao canal Now, André Ventura admitiu estar "mais perto" de voltar a candidatar-se a Presidente da República do que estava "há duas ou três semanas", mas ressalvou que não seria "o cenário mais favorável e mais positivo que um líder da oposição seja simultaneamente candidato a Presidente da República".

Antes das legislativas de maio, o presidente do Chega tinha anunciado a intenção de se candidatar a Presidente da República, mas tinha vindo a distanciar-se dessa possibilidade depois do reforço do partido nessas eleições, que se tornou na segunda maior força no parlamento.

O líder do Chega foi candidato a Presidente da República em 2021, quando Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito para o segundo mandato em Belém. André Ventura teve 11,90% dos votos, e ficou em terceiro lugar, atrás de Ana Gomes.

 

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