Decorre esta segunda-feira a terceira sessão do julgamento que opõe a banda Anjos à humorista Joana Marques. Uma das testemunhas ouvidas na parte da manhã foi Ricardo Araújo Pereira. Quem também marcou presença foi a radialista Ana Galvão.
Em declarações à SIC, explica que marcou presença “não só para dar apoio à colega”, mas porque acredita que Joana Marques “tem toda a razão neste caso”.
“Foi muito engraçado ver o Ricardo Araújo Pereira ter de explicar o que é uma anedota, como acontece, qual é o seu pressuposto. E ter de explicar isto a pessoas crescidas como éramos todos os que estávamos aqui nesta sessão de tribunal. E teve muita graça perceber que ainda tem de se explicar que isto é só uma graçola que a Joana fez, que ofendeu pessoas que têm todo o direito de ficar ofendidas, como é óbvio, mas não faz sentido nenhum num país com liberdade de expressão.”
Questionada, Ana Galvão conta que foi “com surpresa” que foi recebida a notícia de que o caso ia seguir para julgamento.
“Lembro-me perfeitamente que estávamos as três em estúdio quando a carta chegou e nunca acreditamos que podia chegar a estas proporções porque é uma graça, na verdade, rimo-nos como achamos que isto acabaria por ser: só apenas uma graçola e que não iria ser entendida de outra maneira; E recebemos com grande surpresa, sobretudo quando foram passando os meses e a coisa se foi concretizando”.
“O objetivo desta ação é estabelecer como baliza de lei uma ofensa pessoal. O objetivo deste caso é este, ou seja: isto ofendeu-me, não é ilícito, mas eu quero que passe a ser porque me ofendeu. Eu interpreto desta maneira este caso. Do lado da Joana o que ela quer é fazer rir porque é a profissão dela”.
O caso remonta a abril de 2022, após os Anjos terem interpretado o hino nacional no Grande Prémio de Portugal de MotoGP, no Autódromo Internacional do Algarve, o que levou a humorista a fazer uma piada em torno da atuação. Desde então, os irmãos Rosado exigem a Joana Marques o pagamento de um milhão e 118 mil euros de indemnização.