A agressão ao ator Adérito Lopes, à porta do teatro 'A Barraca', por um grupo de extrema-direita, reacendeu o debate sobre o aumento da violência em Portugal e a atuação destes grupos radicais.
Em entrevista à SIC Notícias, José Ribau Esteves considera que este episódio reflete o crescimento da violência, não só contra a sociedade, mas também contra a Democracia em Portugal: "Nós temos que ser todos combatentes contra a violência."
O autarca da Câmara Municipal de Aveiro apela a um Estado mais organizado e capaz de combater este tipo de fenómenos e mais ação por parte das forças de segurança.
"Nós não podemos ter uma PSP em que, cada vez mais, os seus polícias estão em gabinetes (...). Precisamos de polícias na rua. A segurança passiva, o efeito dissuasor da presença física de um polícia ou de uma viatura, é de enorme importância para dissuadir a criminalidade. Foi um disparate o Governo de António Costa ter acabado com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Foi um absurdo completo", refere.
"Precisamos de uma reforma profunda"
José Ribau Esteves critica o excesso de burocracia e a perda de tempo que, na sua opinião, comprometem o bom funcionamento do Estado português.
"São milhares e milhares de processos, horas de trabalho de funcionários públicos do poder local e central, que não servem absolutamente para nada."
O autarca de Aveiro deixa claro que não foi sondado para integrar o novo Governo. Vê com bons olhos a fusão do Ministério da Economia com o da Coesão Territorial, mas questiona a extinção do Ministério da Cultura, agora integrado na pasta da Juventude e Desporto, sob a supervisão de Margarida Balseiro Lopes.
Lamenta, por isso, a saída de Pedro Reis, ex-ministro da Economia, e de Dalila Rodrigues, ex-ministra da Cultura, que considerava bons profissionais e que acabaram por deixar o XXV Governo de Luís Montenegro.
"Não tenho pressa sobre as Presidenciais"
Em fevereiro deste ano, em entrevista à Rádio Observador, José Ribau Esteves admitiu votar em Gouveia e Melo nas próximas eleições presidenciais.
Agora, reconhece que o seu voto poderá recair no almirante ou em Luís Marques Mendes, mas sem dizer se tem (ou não) um candidato favorito.
Quanto às eleições autarquias, garante que vai votar pela Aliança Democrática (AD).