Margarida Castro Martins, diretora do serviço municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, considera que foi dada a devida resposta a todas as ocorrências na cidade durante o apagão geral. Destaca também a importância de ter um kit de emergência.
Em entrevista à SIC Notícias, explica que o plano de contingência implicou recorrer à internet de satélite e rede de SIRESP para "assegurar as comunicações".
Margarida Castro Martins admite que foi "difícil" estabelecer contacto, uma vez que ficaram com "todas as formas de contacto e comunicações inoperacionais".
A Proteção Civil demorou cerca de 30 minutos a assegurar a funcionalidade da central. Foi imediatamente estabelecido o contacto com o INEM e assegurado o despacho de 56 ambulâncias de emergência pré-hospitalar, adianta na SIC Notícias.
O regimento dos Sapadores Bombeiros respondeu a 142 ocorrências em Lisboa, das quais 79 em relação a pessoas presas em elevadores, acrescenta. Além disso, a Polícia Municipal, em articulação com a PSP, esteve na rua.
Situação "nova, inesperada, envolva em muita incerteza"
Questionada se considera que "correu tudo bem", Margarida Castro Martins diz que foi uma situação "nova, inesperada, envolva em muita incerteza" quanto às causas e tempo previsto para resolução.
"Foi a melhor resposta possível face a este cenário", defende.
Em relação a melhorias necessárias, a responsável da Proteção Civil diz que ainda estão a "avaliar", contudo, identifica que é necessário reforçar redes e criar redes redundantes.
"Ainda é muito cedo, mas sentimos que demos resposta. Estivemos em permanente articulação com PSP, EPA e E-Redes. Forças estavam na rua junto da população e houve uma forte presença dos bombeiros para dar resposta às ocorrências", enumera.
A prioridade foi "garantir o funcionamento da cidade e de estruturas de emergência". "Isso conseguimos garantir", refere.
Kit de emergência: o que deve ter
A diretora do serviço municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa, aconselha a população a ter um kit de emergência com "aquilo que seja essencial" para a sobrevivência de cada um durante 72 horas. Deve ter, pelo menos, uma lanterna, alimentos, águas, rádios a pilhas, pilhas suplentes. Deve também ser adaptado às necessidades de cada pessoa.
O kit de emergência tem de manter as pessoas alimentadas, hidratadas e informadas, destaca.