País

"Temos água, temos energia, estão reunidas as condições para um dia normal nas escolas públicas"

Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, assegura que a maioria das escolas públicas portuguesas está preparada para retomar as atividades normais após o apagão que afetou o país.

SIC Notícias

Depois do apagão de segunda-feira, o país vai regressando à normalidade, como é o caso das escolas. O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, Filinto Lima, está convencido que a generalidade das escolas públicas portuguesas pode hoje funcionar.

"Eu penso que na generalidade a maior parte das escolas públicas portuguesas, eu diria quase 100%, poderão de facto abrir as suas portas durante o dia de hoje. Com certeza deverá haver aqui uma parceria, uma interação com a proteção civil de cada localidade, de cada conselho. Mas na verdade temos água, temos energia, aquilo que não tivemos ontem, pelo menos a partir das 11:30, meio-dia, mas estão reunidas as condições da maior parte das escolas públicas portuguesas, eu diria em quase todas elas, para que o dia de hoje seja um dia francamente normal, em que os alunos estejam em contexto de escola e aprendam as lições, até porque os exames estão aí à porta".

Filinto Lima destacou a importância da parceria com a Proteção Civil de cada localidade, que foi fundamental para garantir a segurança e o funcionamento das escolas.

A comunicação entre as escolas, os pais e as autoridades foi um desafio, mas foi bem sucedida. Filinto Lima explicou que houve uma grande interação entre a DGEST, o Ministério da Educação e as escolas.

"Houve também, da parte dos pais e das escolas, interação, embora eu perceba que ontem, da parte da tarde, algumas escolas continuaram a lecionar, mas os pais, alguns pais, de modo próprio, dirigiram-se à escola para irem buscar os seus filhos".

Importantes lições para as escolas

O apagão trouxe importantes lições para as escolas. Lima destacou a importância da energia e da água como bens essenciais.

"Às escolas ensinou que a energia é bastante importante, temos que a poupar, temos que saber usar. À escola ensinou que a água é um bem essencial, todos nós já sabíamos, mas só nos lembramos quando as coisas acontecem".

Filinto Lima elogiou a resposta da comunidade escolar, incluindo diretores, professores, pessoal não docente e pais, que colaboraram para minimizar os impactos do apagão.

"As escolas responderam à altura, na minha opinião, os diretores fizeram um trabalho de excelência. Os professores também fizeram um trabalho muito importante. Muitos deles continuaram a lecionar o resto do dia. O pessoal não docente foi inexcedível. E os nossos pais colaboraram com as instruções que nós, portanto, ao minuto, praticamente, iríamos dar aquele apoio de acordo com a comunidade educativa".
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