António Coutinho, da Associação Portuguesa de Energia, considera que o apagão que deixou Portugal (e não só) às escuras vai ser "matéria de estudo para o mundo inteiro". O engenheiro defende que é preciso refletir acerca de soluções em caso de catástrofe.
"Nós podemos dizer o que aconteceu, ainda não conseguimos dizer porque é que aconteceu", afirma.
Na SIC Notícias, defende que o apagão geral "vai ser matéria de estudo para o mundo inteiro" e daí vão sair medidas para melhorar o sistema.
Os sistemas têm de ser resilientes, terem alternativas e "formas de responder" a falhas de energia, ou seja, saberem onde existem geradores e durante quantas horas funcionam. É o caso de "muitos serviços essenciais", como o INEM e hospitais". "Todos eles têm de ter capacidade própria de fornecer energia", refere.
"Os futuros governantes têm de definir quais os padrões, que serviços essenciais temos de assegurar", assinala.
António Coutinho defende que é preciso refletir sobre soluções em caso de catástrofes.
Um apagão geral deixou Portugal às escuras na segunda-feira. Afetou também Espanha e parte do território francês. A E-redes, operador de rede de distribuição de eletricidade, garante esta terça-feira que o serviço está totalmente reposto e normalizado.
O engenheiro explica, em entrevista na SIC Notícias, que Portugal tem "capacidade própria para fornecer energia". "Um sistema que está interligado é mais resiliente do que um sistema que está isolado", acrescenta.
Já numa entrevista, esta terça-feira à SIC Notícias, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, sublinha que, apesar de não saber a origem do apagão, "Portugal está autónomo, a trabalhar só com energia do país".