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Demolições no Bairro da Penajóia: sem outra solução, moradores admitem continuar a construir

Esta segunda-feira, a SIC esteve no Bairro da Penajóia e falou com um dos moradores que viu a sua casa demolida no final de janeiro. Osvaldo vivia no bairro há seis meses e foi agora realojado temporariamente num pavilhão, de onde vai ter de sair.

Carolina Piedade

Carolina Botelho Pinto

Está em curso a demolição de construções ilegais no Bairro da Penajóia, em Almada.

Em janeiro, o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) deu início à operação de demolição de “construções inacabadas e desocupadas” para conter o crescimento deste bairro.

Na altura, admitia já a realização deste tipo de ações de “forma regular”, depois de, nos últimos anos, o bairro de casas ilegais ter crescido, chegando a albergar cerca de 300 famílias.

No verão passado, o IHRU chegou a afixar avisos no bairro, mas sem um plano para realojar as famílias, as demolições foram adiadas, tendo sido retomadas em janeiro deste ano.

Esta segunda-feira, a SIC esteve no Bairro da Penajóia e falou com um dos moradores que viu a sua casa demolida no final de janeiro. Osvaldo vivia no bairro há seis meses e foi agora realojado temporariamente num pavilhão, de onde vai ter de sair.

À SIC, disse ter de “encontrar uma solução” rapidamente, que pode passar, em última instância, por voltar a construir, admitiu.

De acordo com Público, que cita dados do IHRU, estão em construção “mais de 600 habitações” em Almada para dar resposta a estas e outras famílias sem capacidade de “aceder a uma habitação no mercado livre”.

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