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Ovar: mar ameaçou estabelecimentos comerciais e casas na zona do Furadouro

Apesar de não haver registo de danos pessoais ou patrimoniais, como aconteceu em 2014, a ondulação do inverno está a acentuar a degradação dos já danificados esporões da Praia do Furadouro.

Paulo Ravara

Sérgio Campos

As probabilidades eram quase certas e confirmaram-se. Ainda antes do pico da maré, às 3:40, a água do mar começou a escorrer pelas ruas do furadouro. Os muros da marginal não foram obstáculo para a força das ondas, numa noite de tempestade. 

Mesmo avisados foram outra vez momentos de alerta para proprietários e moradores. O pior já passou, mas para trás ficam três madrugadas de algum sobressalto. Mais uma vez, as tempestades, puseram em evidência as fragilidades desta costa, considerada um dos casos mais graves de erosão costeira. 

“Felizmente estes últimos dias isso não aconteceu em termos de grandes prejuízos, mas de qualquer forma estamos sempre com o coração nas mãos neste período do inverno. O Furadouro de facto atingiu o seu limite em termos daquilo que é a degradação da proteção costeira”, explica Domingos Silva, presidente da câmara  municipal de Ovar. 

Apesar de não haver registo de danos pessoais ou patrimoniais, como aconteceu em 2014, a ondulação do inverno está a acentuar a degradação dos já danificados esporões da Praia do Furadouro. 

O Governo vai gastar 3 milhões de euros na reabilitação de toda a defesa aderente, mas os trabalhos ainda não começaram e vão demorar 15 meses. Algumas das maiores marés do ano vão acontecer em finais de Março e Abril. 

Se coincidirem com uma ondulação forte, o mar pode voltar a causar problemas no Furadouro.    

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