Vai ser reforçada a proteção contra o avanço do mar na Praia do Furadouro, em Ovar. A intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente vai custar 3 milhões de euros.
As muralhas de pedra são fundamentais para retardar o avanço do mar, mas a força do mar tem feito estragos nas proteções da praia.
Vão ser necessários 15 meses e 3 milhões de euros para reabilitar os esporões e toda a defesa aderente.
A chegada do inverno é sempre motivo de preocupação em Ovar. “Vivemos cada inverno com o coração nas mãos”, admite Domingos Silva, presidente da Câmara Municipal de Ovar.
“Todos nos lembramos do que foi o ano de 2014, em que toda a parte frontal do Furadouro ficou destruída”, sublinha o autarca. “Um inverno rigoroso como esse, de facto, preocupa-nos bastante.”
Os trabalhos de estabilização da frente marítima deverão arrancar no próximo ano. A autarquia aplaude a decisão, mas continua à espera do prometido enchimento do areal.
“Só com engenharia pesada e com a reposição de areia - têm de ser aqui colocados muitos milhões de metros cúbicos de areia, que já estão previstos há quase dez anos e ainda nada - é que voltaremos a ter o Furadouro como a praia que já foi e que todos queremos”, defende Domingos Silva.
Nas últimas décadas, o mar avançou dezenas de metros. A Praia do Furadouro é uma das zonas mais afetadas pela erosão costeira.