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Surto de gripe das aves e do vírus HMPV: há motivos para soar os alarmes?

No habitual espaço de análise na SIC Notícias, Francisco Goiana da Silva analisa o surto de gripe das aves identificado na região de Sintra e o aumento do número de casos de metapneumovírus (HMPV) na China. O médico e comentador da SIC garante que não há motivos para grandes alarmismos e pede apenas vigilância por parte das autoridades.

Francisco Goiana da Silva

Mariana Jerónimo

A Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH) divulgou à Agência Reuters, esta segunda-feira, que o vírus H5N1 foi detetado num bando de mais de 55 mil aves de capoeira na aldeia de São João das Lampa e matou pelo menos 279 destes animais. Já no inicio do mês, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) emitiu um comunicado sobre um "foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa exploração de galinhas poedeiras, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa”.

Francisco Goiana da Silva recorda que este tipo de surtos não são novos e são cada vez mais recorrentes em países como os Estados Unidos. O mesmo também já acontece em Portugal.

O médico e comentador da SIC garante que é seguro confecionar e consumir carne de aviário, já que este tipo de vírus não sobrevive quando é exposto a altas temperaturas. Ainda assim, pede vigilância por parte das autoridades responsáveis.

Ao mesmo tempo, a China tem registado um aumento do número de casos de metapneumovírus (HMPV). As imagens divulgadas nas redes sociais, nos últimos dias, têm alimentado os receios de uma possível nova pandemia. No entanto, Francisco Goiana da Silva explica que este vírus já circula há décadas na sociedade e está de longe de poder ser associado à COVID-19.

"Neste momento, o que parece e está a preocupar as autoridades chinesas é que esta estirpe parece ser bastante mais agressiva do que as anteriores. Mas, atenção, não estamos a falar de nada comparável à COVID-19. Não estamos a falar do mesmo", frisa.

No habitual espaço de análise na SIC Notícias, Francisco Goiana da Silva fala também sobre a pressão nas urgências portuguesas e as últimas demissões nas Unidades Locais de Saúde (ULS) a nível nacional.

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