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"É o Natal com mais serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia encerrados de que há memória"

Francisco Goiana da Silva critica a falta de planeamento na gestão das urgências encerradas por parte da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apela a um reforço da linha SNS 24.

Francisco Goiana da Silva

Mariana Jerónimo

O dia de Natal ficou marcado pelo encerramento de 11 urgências hospitalares em todo o país - uma de urgência geral, cinco de ginecologia e obstetrícia e ainda cinco de pediatria. Os utentes foram aconselhados a contactar as linhas SNS 24/SNS Grávida e SNS Criança, antes de saírem de casa.

Francisco Goiana da Silva critica a falta de planeamento da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Explica que algumas das urgências de ginecologia e obstetrícia encerradas inserem-se num raio de proximidade elevado, o que obriga várias grávidas a deslocarem-se da sua área de residência para serem atendidas.

Para combater a falta de profissionais e o encerramento das urgências, Francisco Goiana da Silva sugere que sejam mobilizadas equipas de outros hospitais com mais capacidade e reforçada a linha SNS 24.

"Não é aceitável alguém estar 40 minutos à espera quando está numa situação de urgências. Nós temos de contratar técnicos, enfermeiros e pessoas para estarem atender os telefonemas", sublinha.

O médico e comentador da SIC recorda que com a sobrecarga da linha SNS 24 e a falta de resposta, os portugueses vão acabar por se dirigir às urgências - algo que o Governo tem tentado evitar a todo o custo.

"Acho que estamos pior este ano, do que estávamos no ano passado."

Na sua opinião, os constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) devem-se a um problema administrativo e reforça a necessidade de serem encerradas algumas urgências, de forma a concentrar equipas em outras regiões e garantir o seu funcionamento a 100%.

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