O líder do Chega visitou, esta segunda-feira, a Rua do Benformoso na sequência da operação policial no Martim Moniz. Em declarações aos jornalistas, André Ventura deixou claro o motivo da sua visita: "Venho dizer a estes moradores que os que estão ilegais devem voltar para a sua terra" e "só deve ficar quem está legal".
Garante que não tem medo de ser a única força política contra a imigração ilegal e atira farpas a Pedro Nuno Santos. Na passada sexta-feira, o secretário-geral do Partido Socialista (PS) almoçou no Martim Moniz acompanhado pelo presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior, o socialista Miguel Coelho, e o líder da comunidade do Bangladesh.
"Não tenho nada contra a comunidade do Bangladesh, mas eu estou a colocar os portugueses em primeiro lugar. Quem construiu estes prédios foram os portugueses. É deles que isto pertence", frisou André Ventura.
Diz que há uma "parte dos portugueses que está ao lado da polícia" que deve mostrar "visibilidade e força". O líder do Chega acrescenta que a operação policial no Martim Moniz foi um sinal de que o Governo e as autoridades estão atentos, mas acusa o antigo Executivo de ter alimentado o crescimento de bairros "sem regras e sem controlo".
"Eu acho que devia estar polícia todos os dias. Se fosse pelo Chega estaria cá polícia todos os dias, de segunda a sexta-feira das 00h às 24h."
Além de duas detenções - a indivíduos de nacionalidade portuguesa - foram apreendidos quase quatro mil euros em dinheiro, sete bastões, documentos, uma arma branca com uma lâmina de 17,5 cm, um telemóvel que tinha sido furtado e artigos contrafeitos.
"Se foram apreendidos sete bastões, são menos sete bastões que iriam prejudicar vidas humanas. Se foi apreendido um x-ato ou uma faca é menos uma mulher que pode ter sido ameaçada de ser violada, é menos uma pessoa que pode ter sido ameaçada de ser agredida ou roubado. Tudo o que for apreendido é positivo. É sinal que a polícia agiu".