Depois de terem sido divulgadas as conclusões da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) sobre o acesso de estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), estima-se que a dívida deixada nos hospitais possa estar nos milhões de euros. Esta quarta-feira, a presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) foi ouvida no Parlamento. Sandra Cavaca não revelou como está o processo de cobrança, mas garantiu que o sistema precisa e vai ser melhorado.
O problema já tinha sido levantado, foi confirmado depois de um inquérito da Inspeção-Geral da Saúde, mas parece estar a aguardar por diagnóstico complementar. Apesar de serem conhecidos os sintomas, faltam respostas para a origem, as causas, as consequências e a possível cura.
Apesar das repetidas perguntas dos deputados na audição requerida pelo Chega, o diretor executivo do SNS, António Gandra D'Almeida, não adiantou dados ou medidas concretas.
Anteriormente havia sido questionada a presidente dos SPMS, Sandra Cavaca, que admitiu necessidade de melhorias.
A IGAS revelou, no inicio do mês, que mais de 140 mil estrangeiros não residentes em Portugal acederam ao SNS sem acordo ou seguro. Pode estar em causa uma dívida que ascende aos 15 milhões de euros, se o valor das assistências não tiver sido pago.