Há vários anos que os funcionários do agrupamento de Escolas Santa Bárbara, em Fânzeres, se queixam de serem poucos para tanto trabalho. Há neste momento cinco funcionários de baixa prolongada e um que rescindiu contrato.
“Nós estamos exaustas e estamos prontas para fechar a escola, seja uma ou duas semanas... o necessário”, explica Isabel Santos, funcionária do agrupamento de Santa Bárbara
A autarquia de Gondomar garante que no concelho, o número de funcionários até excede o rácio do Ministério da Educação. Desde setembro entraram 40 assistentes operacionais para os diferentes agrupamentos.
Fonte da autarquia explica ainda que já manifestaram, junto das entidades competentes, a necessidade de uma revisão da legislação em vigor, mas a situação repete-se um pouco por todo o país.
“O número de funcionários neste momento é insuficiente para assegurar quer a segurança, quer a execução dos trabalhos fora do normal. Temos professores que por vezes saem da sua sala de aula e não encontram qualquer funcionário no corredor onde estão cerca de 20 salas de aula. Também existe a questão da indisciplina que tem vindo a aumentar e nós consideramos que se neste momento fossem contratados mais vigilantes teríamos, por exemplo, essa situação salvaguardada”, diz Cristina Mota, movimento Missão Escola Pública.
Filinto Lima, presidente da associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, diz que "os rácios, em princípio, estão a ser cumpridos pelas autarquias, agora temos é de alterar essa portaria. A portaria que prevê o número de funcionários que tem de ser alocado a cada escola. Neste caso concreto essa portaria não é revista há 13 anos”.
Pede-se mais funcionários e mais formação principalmente quando se fala de crianças e jovens com necessidades especiais. Em breve poderá haver nova greve do pessoal não docente.