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Falta de funcionários está a afetar funcionamento do centro de saúde de Pinhel

Não é só a falta de médicos a causar constrangimentos no Serviço Nacional de Saúde. O Centro de Saúde de Pinhel, no distrito da Guarda, fecha à hora de almoço por falta de pessoal administrativo.

Madalena Ferreira

Paulo Gabriel

A imagem do entra e sai do Centro de Saúde de Pinhel dá a aparência de que tudo funciona normalmente, mas o papel afixado no interior do edifício mostra que o pessoal administrativo não dá a resposta que seria expetável. A secretaria fecha à hora de almoço por falta de pessoal.

Entre baixas médicas e férias, os quatro administrativos são insuficientes. A partir da 20:00 são os auxiliares que fazem a admissão de doentes na urgência.

"Naturalmente nós temos de denunciar porque de facto é muito grave o que se está a passar. O caso do Centro de Saúde de Pinhel é inadmissível. Não se poder dar resposta às pessoas do que diz respeito a saúde, marcação de consultas quando não existe administrativos. Não acredito nem ninguém acredita que a ULS (Unidade Local de Saúde) não tem capacidade de colocar aqui administrativos. É apenas uma questão de má gestão", defende Rui Ventura, presidente da Câmara Municipal de Pinhel.

A SIC constatou, na manhã desta quarta-feira que o funcionamento do centro de saúde esteve por um fio. Valeu que, à última hora, o administrativo que tinha anunciado falta compareceu ao serviço.

"Já não é só um problema de falta de médicos que existe aqui já estamos a falar de um problema de administrativos. (…) é demasiado grave aquilo que está a acontecer", reforçou Rui Ventura.

A ULS da Guarda diz estar a tentar resolver o problema, mas o presidente da Câmara de Pinhel avisa, desde já, que a situação pode ter consequências ainda mais graves.

"Já fui informado várias vezes relativamente a essa matéria, nomeadamente no que diz respeito à reforma de vários assistentes administrativos e agora não repõem esses funcionários. Ora bem, todos nós percebemos, é uma questão de gestão, se nós não repusermos estes funcionários obviamente que vamos ficar com escassez de funcionários e ele vai acabar por fechar", alerta o autarca.

De referir que no Hospital da Guarda, a urgência obstétrica e a maternidade voltaram a fechar no fim de semana, dia em que nem os bombeiros do distrito apareceram para fazer o transporte de doentes e foi preciso recorrer a uma corporação de um distrito vizinho.

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