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Falta de funcionários (e não só) obriga a fechar balcões do Caixa Agrícola em Alcoutim

A falta de pessoal e de rentabilidade levou à decisão de fechar, alternadamente, os dois balcões do Caixa Crédito Agrícola no concelho de Alcoutim. A autarquia mostra-se preocupada com o transtorno para os munícipes, sobretudo os mais idosos.

Conceição Ribeiro

Ricardo Bruno Soares

O novo horário do balcão da Caixa Crédito Agrícola, em Alcoutim, entrou em vigor esta semana, mas ainda não foi interiorizado pela população. cert é que às segundas, quartas e sextas-feiras está fechado.

A alternativa, quando há urgência, é a população fazer 35 quilómetros até Martim Longo, mas também aqui houve alterações no funcionamento. Neste balcão, o horário é inverso, ou seja, encerra às terças e quintas-feiras.

"A Caixa Agrícola, aquilo que nos alega, são dificuldades de recursos humanos e também dificuldades da gestão da margem que a atividade liberta e em detrimento do investimento necessário para aguentar a abertura dos dois balcões. Nós, Câmara, disponibilizámo-nos para tentar encontrar soluções conjuntas”, explica o autarca de Alcoutim, Paulo Paulino.

Com 618 agências no país, a Caixa Agrícola explica, em comunicado, que as alterações no horário destes dois balcões foi a solução para garantir na atividade em ambos.

Trata-se de uma alteração permanente, mas o banco admite regressar ao modelo anterior se as condições de mercado forem mais favoráveis e se se conseguir conjugar com a captação de recursos humanos que garantam a atividade das agências, situação que atualmente não acontece.

A autarquia fala em transtorno para a população, num concelho onde 60% dos 2.600 habitantes têm mais de 65 anos

"Uma agência que está muito adaptada ao meio rural e em que as pessoas diariamente se deslocam aos balcões para fazer os seus depósitos, os seus levantamentos para conseguirem gerir a sua vida pessoal. Também temos aqui uma particularidade que tem muito a ver com a média de idades do nosso concelho, ser uma população envelhecida e que privilegiam o atendimento pessoal em detrimento do digital", explica Paulo Paulino.

Agora, os moradores vão ter de se adaptar à nova realidade.

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