O Presidente da República afirma que já exerceu toda a influência que tinha a exercer para que o Orçamento do Estado de 2025 fosse aprovado. Marcelo Rebelo de Sousa garante que parou“antes do Conselho do Estado” e que agora se mantém em silêncio.
“Exerci influência, ou, se quiserem, pressão, mas parou antes do Conselho de Estado”, declarou o Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, esta tarde, em Tomar.
Para o Presidente da República, “agora estamos numa fase que é diferente, é a fase de os grandes protagonistas dizerem de sua justiça”.
“O papel do Presidente agora é estar calado. Tudo o que diga só cria ruído e perturbação”, declarou.
Marcelo Rebelo de Sousa justificou também o adiamento das viagens que tinha programadas, na próxima semana, à Estónia e à Polónia com a necessidade de "acompanhar de perto" as negociações orçamentais em curso.
“Aproxima-se o termo do prazo para a apresentação de uma proposta de lei do Orçamento do Estado”,daí, explica o Presidente da República, “em vez de estar na Estónia ou na Polónia”, estará em Portugal, “para acompanhar o que se passa”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, aguarda uma resposta do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, à contraproposta que lhe apresentou, esta quinta-feira, com vista à viabilização do Orçamento do Estado para 2025 no Parlamento.
O Governo tem até à próxima quinta-feira, dia 10 de outubro, para entregar a proposta de Orçamento do Estado para 2025 na Assembleia da República.