Orçamento do Estado

PS reúne-se 48 horas antes do prazo limite para entrega do Orçamento para definir estratégia

O primeiro-ministro apresentou uma contraproposta "irrecusável" para o Orçamento do Estado ao líder do PS, que ficou de a avaliar e apresentar uma posição. Pedro Nuno Santos só vai reunir os socialistas na terça-feira à noite, a 48 horas do prazo limite para o documento dar entrada na Assembleia da República.

Ana Geraldes

Tiago Euzébio

Luís Bernardino

A possibilidade do PS viabilizar o Orçamento do Estado, aceitando a proposta de Luís Montenegro, vai ser colocada por Pedro Nuno Santos aos deputados socialistas, numa reunião na próxima terça-feira à noite. Daí deve sair uma nova proposta com a posição socialista. Por enquanto, o líder do PS diz apenas que o partido vai avaliar a proposta que o primeiro-ministro qualificou de irrecusável e promete uma resposta para breve.

"Acham que vou dar agora declarações? Queremos evitar um chumbo no orçamento. Daremos o nosso contributo", diz Pedro Nuno Santos.

Em breve, este contributo do PS, como lhe chama Pedro Nuno Santos, para manter aberta a via da aprovação do orçamento será apresentado ao Governo.

Uma contra-resposta à contraproposta de Montenegro. A tal que era "irrecusável" nas palavras do primeiro-ministro e que não tem, por enquanto, uma resposta do secretário-geral socialista.

Pedro Nuno Santos até foi para o Rato depois da reunião curta, de cerca de meia hora, com Luís Montenegro. E lá esteve com alguns dos mais próximos do núcleo da direção socialista. Mas à saída, a conclusão mais evidente era a de que uma aceitação imediata da proposta do Governo não vai acontecer.

"Não é irrecusável", afirma Alexandra Leitão, líder parlamentar do PS.

A líder da bancada parlamentar esteve na sede, onde na terça-feira à noite Pedro Nuno Santos quer ter todo o grupo de deputados. Uma reunião, confirmada à SIC, a 48 horas do prazo limite para o orçamento dar entrada na Assembleia da República.

Os socialistas continuam a discordar por princípio da descida do IRC e continuam a ter dúvidas na modulação do IRS Jovem.

"Estas são as duas linhas. Num caso é negociar porque a linha está cumprida. No outro caso é fazer notar que não é 1 ou 2 % e que no fim não é 15 é 17 (...). Apresentaremos uma contraproposta", refere Alexandra Leitão na CNN.

A única certeza está em que, por agora, continua a aceitar ter aberta a porta da negociação.

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