O triplo homicídio numa barbearia na zona da Penha de França, em Lisboa, está a ser investigado pela Polícia Judiciária e uma das principais hipóteses é que esteja ligado ao tráfico de droga.
Passadas 24 horas, continua a caça ao homem. O principal suspeito pela morte dos dois homens e uma mulher tem mais de 30 anos e um longo registo criminal relacionado com o tráfico de droga, juntamente com o pai, que também está em fuga. Ambos têm processos por outros crimes, embora nenhum com a gravidade deste. O terceiro suspeito, que também está a monte, será um familiar.
As motivações do crime ainda não são completamente claras, mas ganha força a hipótese de um ajuste de contas.
Há pelo menos três anos que existem suspeitas de um esquema de tráfico de droga numa barbearia na Penha de França. Uma das vítimas, Carlos Pina, dono da barbearia, era suspeito de tráfico de estupefacientes, sequestro e crimes contra a integridade física, tendo sido detido no passado.
Quanto ao casal que também foi assassinado, a SIC apurou que está a ser descartada a ideia de que estavam no local errado à hora errada. A mulher, Fernanda Soares, que estaria grávida, era suspeita de crimes contra a integridade física. O marido, Bruno Neto, que era taxista, era suspeito de crimes contra a honra.
Às 13:25 horas de terça-feira, a Polícia de Segurança Pública (PSP) recebeu um alerta para um tiroteio numa barbearia na rua Henrique Barrilaro Ruas, na zona da Penha de França. Quando as autoridades chegaram ao local, as três vítimas já estariam mortas, depois de duas delas terem sido baleadas na cabeça. Ao longo da tarde de terça-feira, o dispositivo policial foi reforçado por elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e por psicólogos do INEM, que prestaram auxílio a alguns familiares das vítimas que se deslocaram ao local do crime.
No bairro da Penha de França, a noite foi de desacatos e muita agitação. Algumas viaturas, que dizem pertencer ao principal suspeito do triplo homicídio, foram incendiadas, obrigando à intervenção das autoridades. Houve ainda a ameaça de incendiar o prédio onde os suspeitos, ainda em fuga, residem.