Na região do Dão, os viticultores esperam uma quebra na produção de cerca de 20% em relação à última vindima. Um cenário que acaba por ser positivo, perante o excesso de stock que o país tem registado.
O som das vindimas já se ouve pela região do Dão há mais de duas semanas.A tesoura da poda só é abafada pela música portuguesa.
“Dá para distrair”, explica Fernanda, que ouve música no telemóvel, enquanto faz a vindima.
As paragens são poucas, porque a ordem é para vindimar. E a uva está sã.
De boa qualidade, mas em menos quantidade - o que até é bom para um país onde,nos últimos anos, houve excedente de produção.
“Temos tido colheitas bastante grandes. A capacidade de comercialização e a quebra no consumo tem prejudicado imenso a saída do vinho das adegas”, constata o enólogo Hugo Chaves.
Se o tempo se mantiver ameno e sem chuva, esta vindima no Dão, garantem os especialistas, pode ser uma das melhores dos últimos anos.