Há suspeitas de fraude e irregularidades na comissão vitivinícola regional de Trás-os-Montes. A denúncia que deu entrada no Ministério Público dá conta de desvio de dinheiros públicos que põem em causa a promoção dos vinhos da região
A presidente do conselho geral da comissão vitivinícola de Trás-os-Montes, Natacha Teixeira, assinalou falta de transparência e práticas fraudulentas na gestão.
Natacha Teixeira é uma das testemunha que figura numa denúncia anónima que deu entrada no Ministério Público. Diz que, antes de ser presidente do conselho geral da comissão vitivinícola regional de Trás-os-Montes, é produtora pelo que se sente também lesada por uma entidade que devia, acima de tudo, promover os vinhos da região.
Na denúncia entregue no Ministério Público questiona-se também a interferência do Instituto do Vinho e da Vinha no ato eleitoral do organismo com vista a manter no poder sempre as mesmas pessoas.
A presidente do conselho geral da comissão vitivinícola pede uma auditoria às contas.
Em resposta a um pedido de esclarecimento da SIC, o Instituto do Vinho e da Vinha refuta qualquer conivência e irregularidades relativamente ao ato eleitoral da comissão vitivinícola de Trás-os-Montes. Admite que os instrumentos de gestão não foram ainda apresentados embora tenham sido sucessivamente requeridos.
A SIC tentou também obter uma resposta do presidente da direção da comissão vitivinícola que não foi possível por estar ausente de férias.