Os enfermeiros entraram esta terça-feira no segundo dia da greve de duas horas por turno. De acordo com a Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE), a paralisação está a ser de 100% em vários serviços.
Em declarações à SIC Notícias, Álvara Silva esclarece que há outros serviços em que a adesão está pela metade ou é até mesmo nula. No entanto, “os números não são o que mais preocupa” o sindicato que convocou a paralisação.
"Nós queremos é que as pessoas tenham a liberdade de vir nestes dois períodos de greve diários manifestar as suas reivindicações."
Entre as reivindicações estão a atualização da tabela salarial, o fim das horas extraordinárias além dos limites legais, o fim dos limites à progressão das carreiras e uma quota mínima de 35% de enfermeiros especialistas.
A vice-presidente da ASPE fala numa “tabela salarial ilegal que não está dentro dos parâmetros” e denuncia situações em que os enfermeiros são “muitas vezes forçados a continuar turnos”.
Os enfermeiros começaram na segunda-feira uma greve por tempo indeterminado, de duas horas por turno, nos dias úteis, nas unidades locais de saúde de São João e Santo António (Porto), de Coimbra, Santa Maria e São José (Lisboa).
A paralisação decorre de manhã, entre as 09:30 e as 11:30, e à tarde, entre as 16:30 e as 18:30.
Na paralisação, estão garantidos serviços mínimos para a prestação de cuidados de enfermagem urgentes e inadiáveis por duas horas, bem como para tratamentos em curso de quimioterapia, radioterapia, administração de sangue e derivados e antibioterapia.
A greve abrange centros de saúde e hospitais (consultas externas, internamentos e serviços de imagiologia e de outros exames de diagnóstico ou de terapêutica).
Com Lusa