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Enfermeiros da ULS do Algarve cumprem segundo dia de greve

A paralisação visa protestar contra o que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz ser "a degradação das condições de trabalho dos enfermeiros no Algarve, seja nos cuidados hospitalares ou nos centros de saúde".

NUNO ANDRÉ FERREIRA

SIC Notícias

Os enfermeiros da ULS/Algarve, entidade gestora dos hospitais públicos de Faro, Portimão e Lagos e dos centros de saúde da região, iniciaram na quinta-feira uma greve de dois dias, decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

"O conselho de administração tem tido sempre uma postura dialogante, partilhando as dificuldades e trabalhado nas soluções, mas acima de tudo com grande abertura para as reivindicações do SEP, pautando sempre a sua atuação pela honra dos compromissos assumidos com a estrutura sindical", lê-se na nota da entidade gestora.

A paralisação visa protestar contra o que o SEP diz ser "a degradação das condições de trabalho dos enfermeiros no Algarve, seja nos cuidados hospitalares ou nos centros de saúde".

Os enfermeiros algarvios reclamam também a contratação de mais profissionais e o pagamento das horas extraordinárias em dias feriados, "com um valor por hora que não pode ser pago como se fosse de trabalho normal", segundo o SEP

Enfermeiros "trabalham por dois ou por três"

De acordo com Nuno Oliveira, dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, "existe uma grande carência de enfermeiros" que leva a que, inevitavelmente, os profissionais "trabalhem por dois ou por três".

Revela que, devido à paralisação de dois dias, as consultas de enfermagem, o apoio a várias consultas, tratamentos e à vacinação serão afetados.

"Como nada aqui nos centros de saúde funciona 24 horas, os enfermeiros não são obrigados a comparecer e a prestar cuidados mínimos", refere.

Com Lusa

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