Os enfermeiros da ULS/Algarve, entidade gestora dos hospitais públicos de Faro, Portimão e Lagos e dos centros de saúde da região, iniciaram na quinta-feira uma greve de dois dias, decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
"O conselho de administração tem tido sempre uma postura dialogante, partilhando as dificuldades e trabalhado nas soluções, mas acima de tudo com grande abertura para as reivindicações do SEP, pautando sempre a sua atuação pela honra dos compromissos assumidos com a estrutura sindical", lê-se na nota da entidade gestora.
A paralisação visa protestar contra o que o SEP diz ser "a degradação das condições de trabalho dos enfermeiros no Algarve, seja nos cuidados hospitalares ou nos centros de saúde".
Os enfermeiros algarvios reclamam também a contratação de mais profissionais e o pagamento das horas extraordinárias em dias feriados, "com um valor por hora que não pode ser pago como se fosse de trabalho normal", segundo o SEP
Enfermeiros "trabalham por dois ou por três"
De acordo com Nuno Oliveira, dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, "existe uma grande carência de enfermeiros" que leva a que, inevitavelmente, os profissionais "trabalhem por dois ou por três".
Revela que, devido à paralisação de dois dias, as consultas de enfermagem, o apoio a várias consultas, tratamentos e à vacinação serão afetados.
"Como nada aqui nos centros de saúde funciona 24 horas, os enfermeiros não são obrigados a comparecer e a prestar cuidados mínimos", refere.
Com Lusa