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Ensino Superior: cursos de Educação Básica esgotaram vagas na 1.ª fase

O número de colocados nos cursos que formam professores aumentou mais de 50% nos últimos três anos e agora todas as vagas foram novamente preenchidas. O Politécnico de Bragança é um dos exemplos desse aumento de procura.

João Faiões

João Tuna

Para atrair mais candidatos, o Governo vai atribuir duas mil bolsas a alunos que ingressem em licenciaturas e mestrados em ensino.

Um incentivo que parece ter sortido efeito nos cursos que formam professores, uma vez que foram colocados quase mil alunos, um aumento de 8% face ao ano anterior.

No caso dos cursos de Educação Básica, todas as vagas disponibilizadas nas 21 licenciaturas foram ocupadas logo na 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.

O Politécnico de Bragança, por exemplo, preencheu as 72 vagas disponíveis tendo ficado em 11,3 valores a nota mais baixa:

"Tem mais vagas que outras instituições e portanto é natural que o último que entra entre com uma nota mais baixa. Aqui temos de olhar é para o conjunto das notas dos alunos que entraram e [as notas] foram altas o que significa que o curso teve procura", garantiu Orlando Rodrigues, presidente do Politécnico de Bragança.

Inês é uma das alunas que ficou colocada em Bragança no curso de educação básica. A escolha da profissão foi influenciada pelos seus antigos professores:

"Os professores de Educação Básica foram os que me marcaram mais. Acho que a nível de professores os de Educação Básica são os que fazem a diferença (…) e foi isso que me chamou à atenção", confessou.

E nem mesmo a desvalorização da profissão docente, frequentemente denunciada pelos professores, demoveu Inês:

"O nosso Governo tem apresentado propostas diferentes e espero que se concretizem porque a procura como já se viu foi enorme e as pessoas foram muito na fé que vai mudar", disse.

O certo é que nos últimos três anos o número de alunos colocados em licenciaturas de Educação Básica aumentou mais de 50%.

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