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"Precisamos de medidas concretas e não de declarações vazias": PCP acusa PS e PSD de cumplicidade na degradação do SNS

O PCP acusa o Partido Socialista (PS) e o Governo de serem cúmplices na degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O dirigente comunista Bernardino Soares diz que a situação das maternidades é "gravíssima" e um "atentado à saúde maternoinfantil".

Mariana Jerónimo

O PCP acusou o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) de quererem "deixar cair a obstetrícia e ginecologia no Serviço Nacional de Saúde (SNS)", defendendo que o atual Governo está a manter as mesmas políticas do anterior.

"Já há um pacto de regime entre o PS, PSD e CDS que é deixar cair a obstetrícia e a ginecologia no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Foi isso que fizeram no Governo anterior, é isso que este Governo está a fazer",acusou.

Bernardino Soares, membro do Comité Central do PCP, diz que a situação "gravíssima" atualmente vivida nas maternidades do país é um "atentado à saúde maternoinfantil". Defende que este cenário de desastre "há muito anunciado" é da inteira responsabilidade do anterior e atual Governo.

"Neste caso, as críticas que o PS faz ao PSD e o PSD faz ao PS são ambas verdadeiras porque eles são cúmplices na situação a que chegamos. Que o Governo anterior criou e que este Governo quis manter porque não tomou nenhuma medida para a inverter."

O dirigente comunista exige que o Governo de Luís Montenegro apresente "medidas urgentes e imediatas" que sejam capaz de dar resposta a uma cenário "insustentável".

"Precisamos de medidas concretas e não de declarações vazias", frisou.
"O que se exige do Governo são medidas concretas, imediatas e urgentes que respondam a uma situação insustentável que coloca em risco a saúde e a vida das mulheres grávidas. O que se exige é que o primeiro-ministro e a ministra da Saúde divulguem ao país as medidas a adotar", defendeu.

Serviço Nacional de Saúde (SNS) acusa pressão

Esta semana começou com inúmeros constrangimentos e várias urgências encerradas devido à falta de profissionais de saúde.

Primeiro foi anunciado que os serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Santo André em Leiria se vão manter encerrados até ao próximo dia 19 de agosto. No mesmo dia, o Hospital das Caldas da Rainha negou ter recusado atender uma grávida que sofreu um aborto espontâneo.  

Depois da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ter aberto um processo de inquérito, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) informou que “instaurou um processo de avaliação” ao caso.

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