O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, vai ouvir na terça-feira os partidos eleitos nas eleições antecipadas de domingo dada a urgência de se encontrar uma solução governativa para a região.
"Conhecidos os resultados da eleição para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, o representante da República, considerando a urgência em encontrar uma solução de Governo que permita a aprovação de um Programa de Governo e de um novo Orçamento Regional com a maior brevidade, vai, desde já, começar a ouvir os partidos com representação parlamentar", lê-se na nota distribuída pelo Palácio de São Lourenço.
O objetivo é reunir "as condições formais e políticas" para "proceder à nomeação do presidente do XV Governo Regional", complementa.
O juiz conselheiro vai ouvir as cinco forças partidárias por ordem crescente de representação, com intervalo de uma hora.
A ronda de encontros começa pelas 10:00, recebendo a deputada reeleita do PAN, Mónica Feitas, seguindo-se a representação da Iniciativa Liberal (IL), que conseguiu manter o parlamentar Nuno Morna.
Ao final da manhã reúne com o CDS-PP, que elegeu dois deputados, incluindo o líder José Manuel Rodrigues, que desempenhou as funções de presidente do parlamento madeirense desde 2019.
Na parte da tarde, às 14:00, será a vez do Chega, que manteve o grupo parlamentar composto por quatro deputados, seguindo-se o Juntos Pelo Povo (JPP), que aumentou a sua bancada de cinco para nove representantes.
A agenda do representante tem às 16:00 a audição do PS, o segundo maior partido da oposição, que continua a ocupar os mesmos 11 lugares no hemiciclo, liderado por Paulo Cafôfo, que na noite eleitoral assumiu ser possível constituir uma alternativa à governação do PSD.
O PSD, liderado por Miguel Albuquerque, que reivindicou a vitória ao conseguir 19 deputados, mas sem maioria absoluta, é o último partido a reunir-se com Ireneu Barreto.
Depois das audições, o representante da República tomará a iniciativa indicar a força partidária, que tem sido ao logo dos anos a mais votada, a formar Governo.
Com LUSA